quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Manhã preguiçosa


Terminei meu texto do nanowrimo - 50000 palavras em trinta dias - e decidi esperar para começar a revisar em primeiro de dezembro. Fiquei remanchando, até umas dez horas e, depois da caminhada, liguei o computador para saber as notícias, as fofocas e ler e-mails. Bem, desde ontem a CLARO tem se comportado de maneira errática e a banda larga... Já desisti de pelejar.
Enquanto instalava a rede VIVO, fui buscar um café - hoje não tinha pressa - e no caminho, ao passar pelo lavabo, ouvi a água escapando devagar e continuadamente pela privada. Levantei a tampa da caixa e mexi ligeiramente na bomba na tentativa de abaixá-la um pouco e interromper o vazamento.
Quebrei a haste da boia! Porcaria... Apertei aqui e ali, muito agitada, e sentia que minha pressão arterial subia aos píncaros. Agora, a água escoria livremente, abundantemente, uma grande hemorragia. A casa, a qualquer momento, estaria exangue. Finalmente apertei o parafuso certo e o fluxo foi interrompido; desde que eu mantivesse a pressão ali. Não podia sair do lugar. Situação estranha e tensa. Gritei:
- Dona Graça, por favor, me ajude aqui a segurar este parafuso ou feche o registro da água!
- Qual dos registros?
- Ok, aperte aqui para mim, que vou ver qual dos cinco é!
Lá de cima, eu gritava:
- Fechou?
- Não!
- E agora?
- Não!
- Fechou?
- Agora sim!
Ufa! Desci e liguei para o bombeiro, que só poderia vir às duas da tarde. Deixei combinado com ele e fui em busca dos reparos. 
O vendedor explicou que eu não precisava comprar tudo, bastava a peça que havia quebrado.
- Ah é?
Trouxe um conjunto completo (por via das dúvidas) e uma boia com a haste novinha, parafusos perfeitos.
Dona Graça e eu passamos por um trabalho de parto, mas conseguimos resolver. Tudo seco no lavabo da vida!
Liguei para o bombeiro, muito orgulhosa:
- Não precisa mais vir, já resolvi!
Achei ótimo!
E não é que esta manhã prometia ser modorrenta?

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Felicidade

Viagens. Planos. Passagens.
Eu vou, você vai, ele volta.
E tudo outra vez, só que ao contrário.
Em casa, meu sofá é confortável, minha cama.
Começa a anoitecer aqui. Lá é noite fechada.
Começa o verão, antípodas no inverno.
Domingo, jantaremos juntos.
No mesmo hemisfério,
Na mesma cidade,
Na mesma frequência.
Felicidade!