sábado, 12 de dezembro de 2009

Caos

Vi o caos de perto na quinta-feira. Quando voltamos de São Paulo e saímos com o carro do aeroporto Santos Dumont, em poucos minutos ficamos ilhados - água por todos os lados. Era tarde da noite e passamos mais de três horas em congestionamentos movidos a barreiras de água. Cada caminho planejado mostrava-se inútil depois de poucos metros. Andar cem metros era glorioso.
Hoje, vi umas fotos tristes, mas belíssimas do caos em São Paulo na semana passada.
http://blogs.estadao.com.br/olhar-sobre-o-mundo/cidade-submersa/
Ao vivenciar e ver estes desastres observei que curiosamente não há pânico, ninguém buzina, todos esperam por qualquer sinal de melhora do aguaceiro, poucos se aventuram nas águas, sem sucesso. Pessoas empurram carros enguiçados, empurram carrinhos, motos, bicicletas, muitos encharcados tomam plenamente a chuva, a revolta da natureza.
Todos estão tristes. Todos parecem conformados.
Conformados.
Caos consciente.
Nossa espécie auto-ameaçada.

Um comentário:

Bere disse...

Lindo texto de uma realidade triste.