Pequenas diferenças.
Muda quando ser é um pouco menos, é ser incompleto ou modificado.
Mesmo com muito cuidado, nas reticências do espelho aparecem a dúvida e o susto.
Sabe-se que olham, procuram, perguntam.
Um riso dissimulado depois de uma paralisia transforma o riso do outro que observa e duvida.
Ninguém percebe. E cada um segue em frente, esquece.
Os que ficam, os que estão modificados precisam aprender uma nova forma de ouvir com os olhos ou ver sempre de baixo para cima. Precisar de ajuda quase sempre e aceitá-la com humildade.
Ser diferente não é para qualquer um, é preciso muito mais força para se erguer da cadeira psíquica, para se apoiar nas muletas solidárias, para ser igual.
As diferenças forçam os sentidos, aguçam a percepção do outro e quase sempre aumentam as distâncias entre os vivos e os feridos.
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