Quando as casas caem, escancaram suas bocas abismadas, suas portas sem as portas mostram o dentro-fora aleatório; outras portas suspiram, querem ser fechadas, estão entediadas da mesmice do morro.
Ali, nada fica em pé, nem mesmo os homens. Todos caem como as frutas, como as casas, como a chuva.
Eu observo de longe o movimento do morro.
A lama, o choro, o chorume se movimentam como se vivessem, mas estão todos mortos nas entranhas da terra, somente os vermes e as moscas comemoram.
Quem não tem como voltar para casa, como caramujos na salmoura somente se liquefazem.
Um comentário:
Oi Titinha,
Que texto intenso, bonito e tao triste! Tenho certeza que nao posso imaginar o sofrimento que esta acontecendo ai, alem do que ja tinha acontecido em janeiro.
Beijos com saudade.
Renata
Postar um comentário