terça-feira, 13 de julho de 2010

Ponto

Esperam pacientes e em fila no ponto de onibus. Há tristes,  conformados e os olhares distraídos daqueles que a vida carrega de qualquer maneira;  folhas mortas na correnteza.
Adolescentes encostam suas mochilas e um pé na parede do prédio mais próximo ao ponto. Têm urgência em chegar ao evento seguinte, ao ponto seguinte, ao dia.
Um colega de classe, a menina bonita, a sirene do colégio, o bedel.
Quando um onibus chega, os olhares distraídos nas janelas devolvem.
E quem esperava novidades acabou esquecendo os bilhetes em casa.

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