quarta-feira, 28 de março de 2012

Vistoria

Vistoria.
São pelo menos duas horas de estresse, se contarmos a carreira  interminável de carros para entrar no DETRAN, receber uma senha e embicar na fileira certa - a minha era a  de número 33. Uma fila mais singela - 5 carros e seus irritados donos aguardavam sua vez.
Um suspiro, um Chico Buarque, ar condicionado e esperei. (Parecia consultório médico)
Quando chegou a vez do rapaz a minha frente, uma das lanternas traseiras de seu carro não acendeu. O sujeito simpático que fazia a vistoria, chamou-o para ver. Ele não acreditava. Bateu, bateu na lanterna, como se quisesse ressuscitá-la, mas a pobre continuava tristemente apagada. Motorista e carro foram para a UTI ao lado, apesar dos protestos: - não dá pra relevar? Mando arrumar agora! Ah vai? Libera!!
Não dava, ele precisava fazer acender aquela lanterna antes de receber o documento vistoriado.
Alguns motoristas fazem gracinhas e se aventuram a sorrir e passar a mão no ombro do encarregado. É tão esquisito, tão falsa aquela amizade...
Chegou minha vez e eu estava tensa. Deveria ter conferido em casa todas as minhas luzes, todos os comandos do carro e eu só tinha me certificado da validade do extintor de incêndio.
Eu torcia: - Vai dar certo, vai dar certo.
Então ele mandou que eu  estacionasse o carro mais adiante, graças!!!
Oba! Saiu direitinho.
Mas um bom tempo de espera para receber o documento novo - o sol estava escaldante - e eu e meu carrão devidamente vistoriado voltamos felizes para casa.

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