quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Faringite

-"Deixe-me falar! Deixe-me falar!" Foi assim que ela começou ao tentar explicar o incidente. Nada podia ser mais angustiante que ouvi-la, quase sem voz, dizer que foi engano, que não havia mandado nada para a Fernanda e que sentia muito, muito. Tão rouca estava que eu podia sentir seu constrangimento mas não conseguia compreendê-la.
Pedi a ela que escrevesse. Ela desenhou uma bola verde e um lápis. Bem, talvez não fosse um lápis...seria um baton? Ou um cigarro aceso? Enquanto tentava decifrar o desenho ela pegou o papel e amassou com raiva. Achou que eu fazia troça. Saí da sala e fui fazer um chá. Se conseguisse acalmá-la e a sua garganta com uma bebida quente e doce...
Ela foi até a cozinha e sentou-se, esperando. O gato miou por comida e ela fez-lhe um agrado no dorso, que ondulou sob sua palma. Depois do chá, ela chorou um pouco.
Eu, que já sabia de tudo, tratei de sair de fininho...eu e o gato...

Um comentário:

Anônimo disse...

Temos em casa...Michey,um cao enorme como um urso,mas docil como um bebe Tao grande que e ,apavora a todos mas depois que eles aproximam -se dele notam que o animal treme de medo.E tal caso "tamanho nao e documento."Zuke e uma cadelinha fragil e desconfiada mas late e e dificilima,nem o dono consegue domina-la.
E temos uma papagaia cinza africana ,que o dia inteiro repete tudo o que falamos e as vezes fala o que nao deveria,....