São amigos há mais de quinze anos. Companheiros. Adoram uma boa
discussão; horas e horas entre a cruz e a caldeira. Os argumentos são apenas
interrompidos, não há consenso.
Segundo ela,
o prazer é discutir.
Bem, gosto não se
discute e isso desde o século passado.
Eram adolescentes
e se criaram - grandes descobertas, novos caminhos, direções distintas.
Quanto mais se
separavam, mais amigos se tornaram.
Eram humanos, dos
pés, às cabeças.
Um foi para o
Jornalismo, a outra para a Comunicação. Tão perto e tão longe.
Porque se a base
da estrutura acadêmica é a mesma, a postura profissional é distinta neles.
Um vai atrás, abre
caminho, arranca a informação, mesmo que ferido.
Outra contesta,
rebate, protege, e defende seu território, mesmo que hematoma.
Saudade de vê-los
juntos.
A fala mansa, os
gestos carinhosos...
Mas é só chegar
perto para ver que acontece o maior embate filosófico.
Ainda que, daí a
cinco minutos estejam prontos para dar um ruidoso mergulho.
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