Os vermelhos espalharam-se pelo corredor vindos de vários pontos. Minutos antes, cada vermelho em sua veia, eram harmonia e vivacidade. Quando se uniram se estranharam, muitos eram incompatíveis. Depois coagularam, destino de todo vermelho que se aquieta.
Lavaram o chão, mas o vermelho estava lá, então lavaram de novo e desta vez somente traços da cor sobreviveram.
O vermelho é a menção honrosa da vida, tão pungente e primário, seu destino é ser trágico e apaixonado.
Carrega com ele a expectativa da vida, o tromboembolismo e o desastre.
Em grande evidência, em seu manto real não nos poupa do assédio.
E ficamos muito tristes quando é derramado cedo, àtoa, barbaramente.
Uma cor que se basta.
Depois dele, só mesmo o negro em sua ausência de luz.
2 comentários:
lindo texto!!! ainda estou abalada com os acontecimentos de ontem...
Detestei o tromboembolismo. Péssimas lembranças.
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