quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Bagunça

Não reparem na bagunça.
Meus cupcakes estão assando e eu tenho mãos cheias de massa.
A batedeira derriça restos de leite e de ovos; a farinha se esparramou até pelo chão.
Assim de improviso testo uma receita de cupim:  marinei em bom caldo e deixei a descansar na geladeira.
A minha coalhada não virou, apesar da boa isca. Disseram-me que é a temperatura do leite. Fria demais ou quente demais. O segredo é poder segurar a vasilha com o leite aquecido, sem queimar-se. Eu que jamais avaliei uma testa potencialmente febril por não confiar na sensibilidade térmica das minhas mãos, como poderia confiar no teste da travessa?  Será que matei os bichinhos?
Na falta de coisa melhor para fazer com aquele leite morno e insosso, vou aproveitar a quentura do forno depois de assar os bolinhos. Deixo a porta do forno aberta e tampo a entrada com um pano de prato úmido. Se a temperatura estava baixa e os bichinhos estão vivos, uma aquecidinha e lá está Dona coalhada! Foi o Edmur quem me deu essa dica, aliás aprendi muito sobre culinária e o prazer de compartilhar.
Compartilhamos: comidas e bebidinhas, muitas lembranças, cobertores e bancos da praça, divertidos labradores e a bagunça providencial e anônima das grandes famílias. 

Um comentário:

Lena disse...

Hehehe, essa bagunça familiar é bem Mendonça, com muita comida e falação! Prova disso é a goiabada que está em cima da minha geladeira agorinha :p

Beijocas!