Um passarinho, de bico de lacre e penacho vermelho, voou sobre as flores da entrada aqui de casa... E como era lindo! Uma rosa que se abriu para ele beijá-la, logo depois quedou-se sem vergonha de se mostrar satisfeita e amortecida. O pássaro, para não dizer que sumiu, foi-se pelos ares a caminho de outras flores menos saciadas. E eu assistindo a tudo, como a um pesadelo, tratei de honrar meu criador. Deitei-me sobre as flores de pátina do meu criado-mudo e adormeci.
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