Sim, porque basta um comentário vil para o vírus se espalhar, num malfadado perdigoto. Em pouco tempo grassa uma epidemia de acusações e toda a gente colabora com o palavrório depreciativo.
Há urgência no tratamento, é preciso interromper o processo maligno. Então, muitos são presos, outros exorcizados; ninguém flagrado sai impune. Alguns, na maciota calam o bico e se fazem passar por inocentes. Mas cá entre nós, somos todos culpados. Somos um ambiente propício para o desenvolvimento desse micro-organismo que a cada passagem se fortalece, cresce e se espalha em escala exponencial. O que fazer? Tomar vacinas? Não existem vacinas. Para este mal, que sofremos e propagamos, também não há imunidade, nem tolerância.
A discriminação é um mal humano, pior que a peste, pior que o câncer.
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