terça-feira, 4 de maio de 2010

Cai, cai, balão

Em Berlim está exposta a queda fatal do super-homem, trabalho do artista Marcus Wittmers.
Quedas estão em ascenção.
O super-homem quebrou a cara. E não pode mais voltar o tempo da terra e desfazer "como um deus o curso da história," citando Gilberto Gil.
Cair é perder a estabilidade e fraturar-se, sejam quadris, joelhos, clavículas ou tornozelos.
E depois ficar preso ao corpo álgico, que lembra e relembra a cada movimento o que não deveria ter acontecido.
O mais triste é que não aprendemos com o "castigo". Em pouco tempo caímos e fraturamos de novo  e até chamamos o evento de destino e sacudimos a cabeça, que pena, que droga, porque fui cair?
Até parece que anjos andam cantando muito o cai cai balão.
E eu fico aqui o dia todo torcendo: Não cai não! Caia aqui na minha mão!

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