sexta-feira, 7 de maio de 2010

Cores

De dia, as cores e as dores  se acham por toda parte e depois, preto no branco escondem-se nas árvores até o amanhecer.
Eu já vi sair de mim, uma centena de verdes, dos pálidos aos cítricos, só pra se esconderem nos beirais.
Os vermelhos quando saem,  assim todos de uma vez, cheiram a rosas, mas se misturam rapidamente com o caramelo das panelas de pudim e enviezam para atrás dos móveis.
Uns marrons envoltos em penumbras olham e piam corujosamente.
Os incautos amarelos saem de dia e se perdem, desmascarados, na luz.
Fico vendo o movimento das cores pela vida.
E é então que sinto tanta pena daqueles que são preto-no-branco demais!

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