sábado, 12 de março de 2011

Formigas

Nesta manhã, quando fui olhar a caixa do correio, percebi uma enorme quantidade de formigas, dessas pretinhas, mínimas. Do lado de fora também havia multidões delas, que muito atarefadas seguiam caminhos bem definidos, somente para mim aleatórios. 
Por alguns meses convivi com elas, incomodada, mas pensava que afinal estavam vivendo a vidinha delas, como todos nós.  Hoje, bastante alarmada com as invasões da natureza,  resolvi dar um basta na comunidade, que vinha se expandindo dia após dia.
-" Sr Antonio, poderia por favor jogar querosene na caixa do correio e depois lavar com a mangueira?" 
Lá foi meu jardineiro e sua bomba. Começou do lado de fora da casa e quando entrou me chamou.
Inúmeras das  formiguinhas que estavam fora entraram pela abertura da caixa e se espalharam na parede, que em um instante ficou preta. Elas caminhavam rapidamente em todas as direções e em franco alvoroço, carregavam folhinhas, gravetos e muitos, muitos ovos e tentavam escapar daquela nuvem tóxica que se abateu de repente sobre elas.
Em seguida veio a água da mangueira que lavou tudo e deixou a parede sem formigas ou sujidades.
A comparação foi inevitável...
Quem será que chacoalhou o mundo,  mobilizou multidões e lavou a terra, confundindo tudo e destruindo tanto?
Um jardineiro?

2 comentários:

Renata disse...

Titinha,

O maximo!!! De novo.
Beijos,

Anônimo disse...

sujidades é dureza hein? Lembrei da enfermeira! hahahahaha...