Nós dois temos o hábito de inventar apelidos um para o outro. Isso nos torna ainda mais íntimos e cúmplices. Muitas vezes o motivo se perde mas o apelido continua.
Faz um tempo, mais de um ano, numa das vezes em que eu, com a sensibilidade que dormita sob a pele exposta como em um esfolado, cheguei em casa com a auto-estima a se esvair pelo ferimento. Fiquei o resto do dia arrasada e acabei cochilando antes dele chegar do hospital.
Quando entrou na sala, pareceu-me ter ouvido que me chamava - Taylor. Sentei no sofá e perguntei - Você está me chamando de Taylor? Ele disse que não, riu um pouco, eu acabei de acordar e a vida continuou em seu curso manso. O apelido vigora entre vários outros.
Na semana passada, quando soube da morte da Elizabeth Taylor, lembrei-me do que sonhava naquela tarde: Ele dizia: "Você é minha Elizabeth Taylor".
O meu inconsciente trabalhava para melhorar minha figura e eu me sentia linda, carismática e poderosa como Lis Taylor foi.
2 comentários:
Oi. Foi a Berenice que passou o link de seu blog. Sou aluno dela. Acessei e li uns 10 textos numa passada só! Como eu já li e escutei por aí,autoria de um "nao sei quem", mas um "não sei quem" dos bons: se pretendes ser universal, fala de tua aldeia". Parabéns, gostei e vou ler mais.Ari
Oi, Ari, que bom que voce se divertiu comigo. Venha sempre, é um grande estímulo para mim. Um abraço
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