Quando amanheceu nublado, imaginei que o melhor seria fechar as
cortinas e nublar também debaixo das cobertas. Acontece que tinha muito que fazer, entre outras coisas tratar de soprar as nuvens, desanuviar.
Mãos às obras!
Abri as portas,
tratei do cachorro, revolvi a terra sob a buganvília e o beijo.
Fiz as contas,
combinei com a cozinheira o cardápio de hoje e de amanhã e fui ao supermercado
buscar o que faltava.
A chuva de verão,
torrencial e rápida, alertou-me para os riscos de ficar ilhada naquela
atmosfera agressiva.
Foi só um susto.
Como quando vemos de relance o que não há; e em seguida compreendemos a
realidade.
Ufa!
Saí do carro em
pleno temporal e cobri a cabeça com as sacolas retornáveis que sempre trago
comigo. Lembrei-me de uma cena muito comovente, de um macaco em plena selva que
utilizava folhas de palmeira para proteger a cabeça da chuva na floresta.
Fiz minhas
compras, e quando voltei para o estacionamento, havia sol!
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