Transitória é a vida, bem vinda a vida e seus lírios brancos.
Então vem a morte, passional e rígida.
Para sempre a dor, até a morte do substantivo, do sujeito da dor.
Daí será o pó, efêmero lírio branco.
Então escreva, guarde, fotografe.
Não deixe passar sua curta vida sem registros.
Mesmo a dor deve ser registrada.
Ela também passa, não é perene.
Perene é a figueira, centenária árvore, que nos viu passar a todos e resistiu.
Quando soprar o vento a levantar o pó, quantos de nós estarão na poeira reunidos?
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