Talvez eu volte com ela.
Vai ser bom viajar
assim e ver a paisagem familiar; conversar livremente, jogar a conversa
pelas janelas, morrer de rir e fazer troça. Vamos recontar histórias e trocar
alguns detalhes; relembrar das novelas que passamos juntas e mesmo os dramalhões
da existência tão boa que temos tido.
Ela deve falar do
amigo, aquele que era professor de pintura e já morreu.
Bom amigo, que lástima. E eu talvez diga mais uma vez, que mesmo
assim valeu a pena, porque a emoção é soberana sobre o lugar-comum de ir vivendo
atoa, sem um sentido e com o único destino inevitável.
Não, deve-se pagar
o preço e ir buscar alento nas cidades novas, nos países desconhecidos e mesmo naqueles
cantos onde se quer voltar. Devemos rever conhecidos e renovar amizades
esquecidas nos jardins.
Talvez eu volte
com eles desta vez.
Inusitada viagem
de quem vai partir com quem vai voltar.
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