segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Família Mineira


Quando amanheci, pensava com palavras conhecidas, mas de pouco uso recente. Depois desandei a falar com frases que saíam da minha boca por conta própria, onde estavam todas elas antes?
Compreendi! Estavam no subsolo da lembrança, no fundo da piscina onírica, no canto esquecido onde se guarda aquilo de que não conseguimos nos desfazer.
Meu acervo de palavras foi recuperado vivamente por uma família das Minas que passou conosco, aqui no Rio, uma semana de deliciosas conversas. Como são queridas com seu sotaque, suas reticências, e o balanço inconfundível do linguajar mineiro. 
Sinto que voltei  no tempo e estou caipira de novo, estou novinha em folha neste trem!
Existe aqui dentro e em toda a casa, a calmaria dos olhares alongados, tudo é devagar, mas para sempre.
Estou recuperada em minhas origens e cheia de diminutivos. 
Pode não ser muito bonito na escrita, mas no diálogo, na conversa atoa, é danado de bão!



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