Quem serão estes seres tão semelhantes, mas desconhecidos,
aqueles que reconhecemos ao sonhar e que se esfumaçam ao acordarmos...
São tão familiares que até dói saber que só existem nas sombras.
As pessoas
próximas que nos fazem lembrar aquelas que não mais existem nos dão alento
para continuar e ir.
O riso frouxo, a
saciedade conquistada devagar, o gesto típico.
Quando todos vão
embora e nada resta, sobra o cheiro de alma no quarto e um papel de bala atrás
da cortina.
Uma isca, acho.
Para aquela sombra vir, curiosa, destrinchar o perfume que ficou ali. E a
gente na expectativa de uma fisgada.
Seria mágico
capturar de novo qualquer momento vívido, qualquer lembrança doce que
vivenciamos.
Haveria conforto e
alguma lágrima.
Vontade de partir
também para encontrar o que já partiu...
Mas... E se não
houver encontro?
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