Quando fomos brindar, na virada do ano, alegres com os bons ventos
que sopravam, abrimos o champanhe gelado em meio às explosões dos
fogos...
Foi triste,
confesso.
A rolha saiu molenga e o espumante deslizou suavemente para o chão, uma tinta marrom em
agonia. Colocado nas taças, o líquido quase nada borbulhava, sua cor era âmbar.
Ao primeiro gole, o gole do brinde, o gosto era metálico, o cheiro era velho,
deteriorado.
Desistimos.
Faz um mês, ganhamos outro champanhe, novinho!
Por umas duas semanas ficou no bar...
Uns dois dias atrás, decidi colocar na geladeira, pensando: -
Não vá perder outra joia!
E hoje, vésperas
do carnaval, lembrei-me da garrafa, que a tudo iluminou!
Estava pronta para mim,
e eu para ela.
Telefonei à minha hóspede, habitual e querida:
- Você vem antes
do Natal?
- Não sei...
Decidi abrir a
garrafa, antes que fosse tarde.
Pop! A garrafa
exclamou, exultante!
Seria o gênio? Não, não era...
Mas, qualquer dia é dia
para comemorar!
Mesmo que seja
hoje.
Mesmo que seja
cedo demais!
Nenhum comentário:
Postar um comentário