terça-feira, 9 de junho de 2009

Pacotão

O meu tempo é o quente, não consigo fazer as pazes com o inverno, mesmo aqui no Rio.
Faço tudo devagar, quase dolorida. Preciso que todos falem baixo, não, por favor, faça seu menino calar. O avião faz muito barulho, o vento é ruidoso, ai a campainha! Fui lá ver, vieram entregar um pacote. Pacotão. Fiquei curiosa, mas nem era pra mim...Fiquei pensando em abrir, ora, ele nem vai se importar... Chacoalho. Barulho tilintante. Ai, barulho! Onde eu estava mesmo? Coloquei o pacote sobre a mesa e fui buscar um café. Quente. Bom. É um auto-abraço. De dentro pra fora.
Um pacote embrulhado em papel pardo, enviado por uma empresa da qual nunca ouvi falar.
Como sou uma moça educada, não vou abrir o pacote, mas queria que fosse pra mim. Quero abrir o embrulho com força, destroçar o papel, rasgar a embalagem.Telefono: -"Oi, chegou um pacotão..." Ele não esperava encomendas... Vou ter que esperar até à noite.
Falta do que fazer. Vou andar um pouco. Eu, meu cachorro, minha curiosidade e a sua.
Pois é. O inverno é traiçoeiro.

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