No Rio, é comum encontrar pelas esquinas, oferendas aos espíritos, aos orixás. Nada sei sobre o assunto, não sei diferenciar macumba, de Candomblé, de magia negra, de simpatia. Mas tudo o que é místico, eu respeito. Mais que respeito, eu temo.
Assim, encontro garrafas de bebida pela metade, lenços bonitos, grãos em cumbucas, pulseiras brilhantes, pipoca estourada, espigas de milho, flores, pentes, leques, tudo muito colorido e sempre disposto de uma maneira estudada, com método.
Confesso que sinto medo de olhar, de prestar atenção... afinal, eu não tenho nada a ver com isso.
Este medo de olhar torna tudo ainda mais intrigante. Procuro pelos espíritos, será que me vêem, querendo-não querendo olhar? As oferendas, me disseram, devem ser deixadas ali até se deteriorarem. Mas alguém tira de lá... Alguém tira. Estas pessoas que não temem, não ligam, não estremecem diante do místico, devem ser mesmo pragmáticas... Ou são os lixeiros, cujo pragmatismo está no salário do fim do mês.
Assim, encontro garrafas de bebida pela metade, lenços bonitos, grãos em cumbucas, pulseiras brilhantes, pipoca estourada, espigas de milho, flores, pentes, leques, tudo muito colorido e sempre disposto de uma maneira estudada, com método.
Confesso que sinto medo de olhar, de prestar atenção... afinal, eu não tenho nada a ver com isso.
Este medo de olhar torna tudo ainda mais intrigante. Procuro pelos espíritos, será que me vêem, querendo-não querendo olhar? As oferendas, me disseram, devem ser deixadas ali até se deteriorarem. Mas alguém tira de lá... Alguém tira. Estas pessoas que não temem, não ligam, não estremecem diante do místico, devem ser mesmo pragmáticas... Ou são os lixeiros, cujo pragmatismo está no salário do fim do mês.
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