Depois veio a vida que os carregou de roldão.
O deserto, o gelo, o cobre e o ouro... todos conspiravam.
O trabalho, a família, sucessos... os jogos de azar se sucederam.
Vencidos, os filhos pródigos voltaram à terra mãe, em busca de alimento.
Rasparam suas entranhas, machucaram seus alicerces.
A terra frouxa, exaurida, desabou.
Ali ficaram seus meninos e a terra achava que os protegia. Porque se voltaram, de dentro não deveriam mais sair, sempre foi assim.
Mas a terra, esta terra, suave mãe que tudo releva, deixou-se abrir, dilacerar.
Por um fio de voz e depois pelo canal, deram-se os partos.
Alguns homens surgiram e brilharam exultantes, movidos pela fé que transforma.
Outros, extraídos a fórceps, depois do longo trabalho e densa agonia, reanimaram-se.
E a terra, que tudo perdoa e apaga, perdoou-os.
Nenhum comentário:
Postar um comentário