Finalmente, no fim da tarde, soprou um ventinho bobo, o suficiente para nos animar a sair e fazer uma caminhada. Precisamos disso. É quando mais conversamos e trocamos muitas ideias. Também vemos muitos passarinhos, gatos, cães com seus donos... E hoje, para coroar o domingo, vimos as capivaras, muitas, uma família inteira ou mais. Estavam bem próximo à cerca da reserva e Miguel foi até lá perto fotografá-las. Eu tive medo, fiquei de longe... Sei lá... Capivaras não avançam???
E ele disse: - Mas elas são herbívoras!
Eu retruquei: - Cavalos são herbívoros e tem o poder de um coice nas mandíbulas! (Tive um colega que foi mordido por um cavalo. Foi um estrago...)
Bem, logo depois de vermos as capivaras, ouvimos um trovão. Uma tempestade anunciada pelo ventinho bobo acabava de desabar sobre o Recreio. Ah, como foi bom! Viemos até em casa - uns dois quilômetros- tomando a chuva farta no corpo inteiro, sem correr, degustando aquele momento mágico, com sabor de infância, quando a chuva benfazeja lavava a sujeira de "atrás das orelhas", inclusive!
Ao chegar, molhadinhos da chuva, mandei uma mensagem para Helena:
- Filha, tomamos chuva e estamos ensopados!
E ela prontamente respondeu:
- Nossa, vão logo tomar um banho quente e trocar de roupa!
Era assim que mamãe falava quando tomávamos chuva.
Era assim que eu falava com Helena quando ela tomava chuva.
Tomar uma chuva é como resgatar a liberdade.
Tomar um banho quente depois é como cair em si.
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