quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Saudade

Ô, roda viva, traz meu destino para cá, não me leve longe, não me leve.
As folhas, e o vento, e as flores e eu, no redemoinho do faz de conta, eu que não acredito ainda e já faz tanto tempo...
Olha, tarde escura, balance um pouco este seu corpo denso, despoje-se do amargo que não lhe pertence mais.
Meu cão, recém banhado, sacode-se por inteiro e a água espirra e ele  espalha o que há de excesso neste banho de adeus.
Sabe, noite clara, ilumina com sua lua os momentos que ainda virão de tristeza e saudades.

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