A Librivox promoveu uma reviravolta em meu estado de espírito. Baixei uma série de contos de Artur de Azevedo. Fazem parte da literatura de domínio público, por isso são gratuitos e gravados por voluntários. Ouvi maravilhada e distraída, histórias em um Brasil iniciante, em um Rio de Janeiro ainda capital. Artur de Azevedo sabe contar histórias e adorei os narradores, que são de toda parte. Há cariocas, mineiros, paulistanos e portugueses.
Corri um pouco na ciclovia para sentir o nível de atenção na audição do texto. Funciona! Quando cheguei em casa dei-me conta de que nem reparei no mar.
Eu gosto tanto de ler, que jamais dispensarei os livros, o contato com as páginas, as marcações voluntárias ou não. Marco um círculo no número da página que me surpreenda particularmente. E as vezes não posso evitar que uma mancha de chocolate estrague um pouco a lividez do papel.
Senti falta de poder retomar o texto no parágrafo anterior. E de anotar com lápis no canto da página.
Mas senti que pode ser a forma de conhecer um autor aproveitando meu horário de exercícios. Quando estiver inquieta demais, volto para as músicas.
Ouvir histórias estabelece um compasso novo.
E com certeza na próxima vez que for à livraria vou procurar os contos do Artur.
Hoje, em duas horas ficamos íntimos.
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