Então me recordo que a varanda já está com a manta impermeabilizante e o contrapiso prontos; e consigo relaxar.
Lembro-me do dia em que compramos as mantas... Elas vem em rolos de um metro de largura por 10 de comprimento e são muito, muito pesadas. Também são complicadas para carregar, mala sem alça, entende? Bem, compramos duas. Para colocar no bagageiro foi um custo, dois rapazes fazendo uma força danada deixaram que as mantas caíssem dentro - cataplum! Olhei aquilo e pensei: Que fracotes! Faço exercícios todos os dias, pego pesado, isso não vai ser tão difícil assim...
Quando chegamos e abrimos o porta-malas, resolvemos, Miguel e eu, que poderíamos carregá-las, uma de cada vez, cada um em uma das pontas. Com um enorme esforço, ambos vermelhos e suando, transportamos nossas pesadas preciosidades para dentro, para o jardim.
Fiquei com medo, fazia tempo que não via o Miguel tão agudamente cansado, sem fôlego.
Depois de um café, um banho e um tempo descansando, ele comentou:
"- Que coisa pesada, não? Eu tentei abaixar, (com os joelhos um pouco dobrados) para que o peso maior ficasse por minha conta..."
Caí na risada. Preocupada, eu tinha usado o mesmo truque: Também dobrei os joelhos para ficar em um nível mais baixo e minimizar o peso para ele.
Imaginem a cena: Nós dois, dobrados e bufando, um pensando no outro e abaixando cada vez mais.
Felizmente a distância era curta. Sobrevivemos.
Da próxima vez ... ora, não haverá uma próxima vez!
Nem de mantas e nem de goteiras!
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