domingo, 17 de julho de 2011

Lobo mau

Voltei para casa!
Todos os móveis conhecem minhas curvas, nada de chutar o pé da cadeira ou bater no vidro da porta da varanda.
Também trouxe de lá uma mancha roxa no quadril que consegui sustentando minha tralha pesadíssima a alguns centímetros do chão. Não queria macular o granito da sala com as rodinhas da mala.
Voltei para casa um pouco mais rica, com mais experiências compartilhadas e rememoradas em meio a muita risada.
Tenho novas formas de minicup cakes e lindas  forminhas de papel decorado que dá até dó  usar.
Quero escolher a melhor receita, fazê-los com amor e torná-los pérolas comestíveis.
O tempo em Uberaba é traidor, quanto mais cedo levanto mais rápido ele passa.
Decidi tratar o tempo com respeito, este senhor lobo mau que nos engana e pune.
Vimos juntos fitas em VHS, dos anos 80, quando a inflação subia por hora e mesmo assim pudemos ser tão felizes às vezes. Aliás muitas vezes.
É o tempo, esse trapaceiro, que faz a gente esquecer muitos dos bons momentos.
Mas deixa estar, a gente resgata tudo nas férias.
E tratamos de resgatar os bons, só os bons cabem nas horas que temos.
Cada um faz sua edição das histórias; e as lembranças se misturam em uma teia de aranha complexa.
Mas o melhor que há, mesmo, é a alegria do reencontro, os abraços tão apertados e a cesta de doces e bolos com que a mãe da Chapeuzinho nos brinda a cada encontro.

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