terça-feira, 30 de agosto de 2011

Apocalipse?

Tenho um galo do tempo português, presente da mamãe de uma de suas viagens.
Aqui no Rio, por causa da umidade do ar ser em geral muito alta, o galo oscila entre o rosa e o violeta. Pesquisei e parece que é o cloreto de cobalto embebido no tecido que envolve o galináceo que promove a mudança de cor.
Nas últimas semanas o tempo está seco - eu diria sequíssimo - e um calor de Janeiro.
O galo está tão azul que até dói olhar.
Todo mundo tem um indicativo pessoal para as possíveis mudanças de tempo.
Inchaço no dedão do pé, cabelo encrespado, cicatrizes que coçam, cicio das cigarras...
E hoje em dia, o serviço meteorológico costuma ser bastante eficaz.
Quando há algum disparate é sempre bom ter alguém para levar a culpa:
-Mas a previsão era de sol!!!
E é aquele pampeiro para fugir da chuva inesperada.
Mas nada se compara à interpretação das cores do galo:
- Nossa, ele está tão azul, deve estar chamando a chuva!
Tomara! Mais um dia com esse calor e  vou começar a acreditar que é o apocalipse!

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