terça-feira, 27 de setembro de 2011

Colecionador

São os excessos! São eles que  nos fazem descontinuar.
Ser campeão de volei ou um triatleta competitivo significa ter que lidar com a queda gradual da performance.  Imagino que descer um degrau da escada do sucesso - porque ir descendo é a tendência natural depois de atingir o topo ou o seu máximo - sempre ocorre por um evento específico: Uma torção, uma perda, um resfriado, uma tristeza.
Na retomada não se retoma integralmente.
E assim devagarinho, um pequeno passo de cada vez vamos cedendo e cedendo.
Depois restam os troféus e as medalhas e o atleta envelhecido que se lembra cada vez mais vivamente do tempo em que era especial.
Cá entre nós, o que fazem com essa tralha depois que tudo acabou?
Onde estarão guardados os objetos que não traçam nossa história mas a de um ascendente remoto?
Se não for um colecionador, estarão perdidas nas entranhas de um tempo que não voltará.

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