sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Uns balões

A manhã já tinha começado e eu estava cochilando, preguiçosa, o restinho do meu sono.
O telefone tocou ao meu lado, bati a mão até localizá-lo no criado-mudo e atendi de olhos fechados:
-Alô?
Era o Miguel. Ele tinha saído de casa para o hospital fazia menos de dez minutos, mas parecia muito animado. Disse:
- Sabe aquela praça em frente ao condomínio Barra Bali ?
- Sim?
Estão inflando dois balões enormes, um deles já quase pronto e o outro bem vermelho estão desdobrando ainda.
- Ah, tá...
- Você não quer ir lá ver? Está cheio de gente e eles são tão bonitos...
O que eu queria mesmo era dormir por mais uma horinha... Mas ele estava tão animado...
Então levantei, me vesti e fui até a praça. Vasculhei cada metro, perguntei aos porteiros... Nada, ninguém sabia coisa alguma.
Fiz uma volta completa, olhei para o céu - quem sabe já estavam flutuando - nada, só o azul, o azul tão definitivo do céu do Rio.
Voltei para casa e fui cuidar da vida; e a essa altura já estava bem desperta.
Será que sonhei? Será que realmente houve algum balão?
Seja lá como for, sonho ou estímulo,  o fato me fez sair do marasmo.
Porque depois de caminhar sob o sol e o céu azul gritante, todas as minhas moléculas se agitaram.
Um pouco mais de energia e estaria pronta para o Rock in Rio!

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