domingo, 20 de fevereiro de 2011

A falta que os amigos me fazem

No vai e vem das ondas, conheci pessoas que passaram a fazer parte da minha vida regularmente. Aprendi a conviver e lidar com as diferenças, deixei-me envolver pelas semelhanças, por gostos idênticos, conversas íntimas e muitas risadas espontâneas. Tornou-se tão natural este contato; e a rotina fez parecer que era para sempre. Mas, não. Sopra um vento mais forte e  pessoas queridas vão viver em outras praias; algumas  vezes quem partiu fui eu  e a convivência  tornou-se um ocasional reencontro. 
Eu sei que a amizade é um amálgama que ajuda a construir nossa consciência, então incorporamos um tijolinho aqui outro ali desses queridos  em nossa forma de ser. Gosto de pensar assim, de ter esse conforto. A saudade, a falta que esses amigos me fazem passa a ser uma forma inusitada de incorporar tijolos e crescer interiormente.

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