sábado, 14 de maio de 2011

Ah, a memória...

Onde foi que esqueci minha memória?
Uma receita simples, um apontamento, o nome daquela amiga...onde?
Procurei atrás do espelho, na prateleira dos remédios, vasculhei minha bolsa...não está.
Olhei no baú de roupas descartadas e ao tocar em algumas senti uma emoção diferente, mas por quê?
Ralho comigo: você precisa prestar atenção na leitura. Soletre as palavras.
E então fico outra vez em dúvida: Seria Parmalat ou Parlamat?
Por que a memória tem tantas perguntas?
Ando tão esquecida, tão distraída.
Olhar-me no espelho com a vista cansada tem a vantagem de a imagem mostrar-se menos nítida, portanto mais econômica nas rugas.
Talvez seja assim com a memória. Há tanto para esquecer.
Mas entre tudo que é melhor não lembrar vão preciosidades também.
Varremos o chão e no lixo encontramos um camafeu a tanto tempo desaparecido.
Quero me engambelar e penso que deve ser o excesso de informações nesses tempos de internet. Tudo tão a mostra, dado, de graça mesmo. E basta apertar outra tecla e toda a informação aparece de novo.
Afinal, para quê memória? Deixa estar!
Puxa, mas alguns camafeus, tão preciosos eu bem que queria lembrar de novo.

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