Tentei de tudo.
Mudei de lugar, da luz intensa para a sombra e ainda para a penumbra...
Onde havia vento, e onde não havia.
Prendi em galhos, na parede, debaixo de um ninho de rolinhas, no telhado da varanda.
Ofereci banquetes: de frutas: papaia, laranja, manga, uvas; de grãos: alpiste, arroz, gergelim, erva doce e painço, além de papinhas e rações de todo tipo.
Nada...
Só formigas e abelhas.
Desisti. O comedouro está agora debaixo do pé de buganvilias vermelhas; dentro dele dois vasinhos de violetas.
O arranjo ficou bonito, mas nada de pássaros.
Enfim concluí, eles já estão por toda a parte. Meu jardim é cheio de flores. A terra é fértil de bichinhos apetitosos. Porque haveriam de ser atraídos pelo comedouro, tão artificial, se a natureza em torno é puro esbanjamento?
Estou sossegada agora. Um arisco colibri veio beijar a rosa, depois passou zunindo de volta ao galho de hibisco.
E um bem-te-vi barulhento me espiou pousado no pinheiro ao lado dos brincos de princesa.
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