No sótão, ajoelhada em frente ao baú aberto, retiro vários objetos. Bem do fundo, pesco uma bolinha de gude feita de vidro reciclado.
Reconheço os riscos de viver, os vícios de morrer e os acidentes de percurso. E infelizmente, reconheço que não sou reciclável. Faço parte do lixo orgânico, vou ser desprezada. Tendo a virar adubo, mas não serei petróleo. Sou descartável, espécie em risco de extinção.
O vidro é infinitamente reciclável. Basta derretê-lo, dar-lhe nova forma e resfriá-lo.
Assim, mesmo que se quebre, não se acaba como eu.
Reconheço os riscos de viver, os vícios de morrer e os acidentes de percurso. E infelizmente, reconheço que não sou reciclável. Faço parte do lixo orgânico, vou ser desprezada. Tendo a virar adubo, mas não serei petróleo. Sou descartável, espécie em risco de extinção.
O vidro é infinitamente reciclável. Basta derretê-lo, dar-lhe nova forma e resfriá-lo.
Assim, mesmo que se quebre, não se acaba como eu.
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