sábado, 14 de novembro de 2009

Espere!

Estava muito quente. Queria entrar na piscina, mas fazia meia hora que tinha almoçado e mamãe pediu que ela esperasse mais um pouco.
Nada para fazer, ficou sentada com as mãos sob as coxas e balançava as perninhas. Uma havaiana caiu e ela esticou-se toda para alcançá-la com a ponta do pé.
Enrolou um cacho do cabelo de mamãe, que conversava com Tiamarta. Com os olhinhos pedia: - "já posso ir? já posso ir?" Ela sabia que deveria esperar mais uma volta do relógio. Lembrava daquela vez em que tinha mergulhado logo depois do almoço e sentiu-se muito mal. Bem que mamãe tinha falado, mas ela queria muito encontrar todas as cinco pedrinhas...
A nenén dormia em seu carinho, bem protegida do sol e do calor. Às vezes queria que a irmã já pudesse brincar com ela. Pequena como era, ia se afogar...
Com o indicador começou a desenhar o contorno dos azulejos e contava baixinho - um, dois, três... e recomeçava - um, dois, três. Depois, deu um suspiro, pegou um travesseirinho, colocou entre a cabeça e o braço e deitou-se no banco de alvenaria.
Quando acordou, mamãe chamava: - Vamos nadar?

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