Mamãe segurava sua mão esquerda bem presa a dela e também carregava a irmã no outro braço.
Iam atravessar a avenida e chegar ao mar.
Às 8:00 hs era bom aproveitar o sol e a praia.
Na areia não gostava dos pequenos animaizinhos que apareciam dos buracos.
Queria uma areia sem sobressaltos, um mar mais doce, um sol menos brilhante e o vento sem embaraços.
Mas ali, naquela hora, tudo que podia fazer era uma construção um pouco torta com a areia que tinha umedecido com àgua do baldinho verde.
A irmã suspirou na esteira. Ela olhava os próprios dedinhos, encantada com a luz entre eles.
Mamãe estava de óculos, não podia saber para onde ela olhava.
- " Olha o meu castelo?"
-"Que beleza filhinha, quem vai morar nele?"
Ela não sabia. Virou um pouquinho a cabeça e pensava nas princesas que conhecia.
Mamãe perguntou se ela queria um picolé. Chupou o gelo-uva com força, até que ficasse totalmente branco.
Agora tinha o palitinho do picolé!
Com ele, pensou, vou poder construir um castelo muito mais bonito.
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