Herdei de minha mãe, o hábito de balançar. Antes de dormir, na fila do banco, quando estou sozinha pensando na vida, quando não tenho mais nada para fazer. Balanço para me ninar, para me confortar, para fazer contas de cabeça, para pegar no sono.
Como mamãe sempre se balançou, acreditava que todo mundo fazia o mesmo. Mas não, as pessoas estranham. Uma amiga da família, com Alzheimer, em um momento de lucidez, exclamou para mamãe, que lhe fazia companhia: -"Mas a senhora balança, hein!?" E caiu na risada.
Não é aflição, não é aquele jeito de agitar as pernas ou os pés. É uma cadencia, num ritmo muito próprio, o corpo todo participa. Meu abraço também tem balanço, acho que danço quando abraço.
Ocasionalmente encontro alguém com esse gingado na alma, a quem abraçar é pura harmonia, é infinito prazer.
Acho que tem alguma coisa a ver com as marés...
Como mamãe sempre se balançou, acreditava que todo mundo fazia o mesmo. Mas não, as pessoas estranham. Uma amiga da família, com Alzheimer, em um momento de lucidez, exclamou para mamãe, que lhe fazia companhia: -"Mas a senhora balança, hein!?" E caiu na risada.
Não é aflição, não é aquele jeito de agitar as pernas ou os pés. É uma cadencia, num ritmo muito próprio, o corpo todo participa. Meu abraço também tem balanço, acho que danço quando abraço.
Ocasionalmente encontro alguém com esse gingado na alma, a quem abraçar é pura harmonia, é infinito prazer.
Acho que tem alguma coisa a ver com as marés...
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