quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Sangue e vinho

Sangue e vinho. Uma experiência sombria. Foi quando experimentou o vinho e pegou gosto. Divertiu-se, perdeu a conta das taças e a hora da madrugada. Foi levado carregado para casa pelos amigos, que o colocaram na cama e se foram sem comentários...
Dia seguinte, a porta do quarto trancada, duas horas da tarde e nada do menino acordar... Alguém teve a ideia de abrir as venezianas da janela por fora e ver o que se passava ali dentro. Foi um susto! O menino estava largado sobre a cama e ao redor dele uma grande poça de alguma coisa viscosa e vermelha...É sangue! Vamos arrombar a porta! É sangue, meu Deus, ele está machucado. Ao entrarem pela porta arrombada, perceberam que não era sangue nada, apenas muito, muito vinho meio digerido, empoçado no chão do quarto!
Não sei se existe alguém no mundo que nunca tenha tomado um porre. Há dias em que estamos distraídos, ou tristonhos ou alegres demais. A base do prazer de beber é deixar-se levar, perder o controle. Se voce não consegue perder o controle com serenidade é pouco provavel que beba demais, ou de menos.
A primeira vez que bebi alguma coisa parecida com vinho foi no Natal e eu tinha 13 anos. Porque era Natal, papai sugeriu um brinde e eu também quis. Se bebi uma taça foi muito, mas logo fiquei com o rosto afogueado e com o riso solto. Papai segurando sua taça, olhou para mim, deu uma estranhada e disse. -"Voce não vai beber mais, não!"
Fiquei sem graça, estava achando tão bom... foi a primeira vez que perdi as rédeas por causa de bebida.
Muitas outras vezes depois, muitos porres vexatórios depois e eu ainda não aprendi a beber com moderação.
Gosto de beber, gosto da tonturinha, gosto de exagerar.
Não me peçam moderação, eu sou dos extremos.
E em tempos de lei seca, vale a pena convidar os amigos e beber em casa, hospedando todo mundo. Saúde!
Vai ser divertido acordar no meio da tarde seguinte e ir conferir se salvaram-se todos.

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