quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Cinco ou seis sentidos

Ao ver, encare a verdade de frente. Olhe para sua imagem, seu reflexo no espelho e reflita sobre o bom e o bem. Amadureça com a franqueza das frutas e aceite o significado da passagem pelo tempo.
Ao ouvir, não se deixe levar pelos floreios, maneirismos de intérprete.
Escute, sinta o som, que flui e se espalha. Se não o puder recolher como uma concha, espere, os sons viajam e voltarão.
Cheire, para destilar e purificar sua bebida, inale profundamente; miríades de efervescência excitarão seu cérebro, que compreenderá que excessos eliminar e que sutilezas faltam naquele bouquet.
Saboreie, mastigue, processe os valores da fome. Apure o paladar para definir que detalhes refrescantes, apimentados, eróticos, calmantes, enfim, toda a percepção sensorial que puder obter dos alimentos.
Percorra a superfície das pessoas e das coisas como se fosse adivinhar um presente, entusiasme-se! Até mesmo o áspero e o rugoso têm sentido e razão próprios.
Perdoe as imperfeições de ser. Não há graça no igual, apenas no equivalente e no novo. Arrisque-se!
Voce já sabe que é da natureza alternar-se entre caça e predador.

2 comentários:

Dea Nery disse...

Como você advinhou? Obrigada, estava precisando ler isso! beijos, Dea

Unknown disse...

:)