Nunca tivemos banheira lá em casa. Com tantos irmãos para tomar banho e um só banheiro, era preciso ser rápido e objetivo.
Se queríamos tomar um banho de imersão, íamos para o tanque, que era enorme e a gente se revezava, submergindo por turno, nós e o cachorro.
Em São Paulo, lá pelos 24 anos, tive minha primeira banheira, em um apartamento antigo, mas espaçoso. Ela era de um azul duvidoso, não tinha bem uma torneira, só um cano de onde saía água e eu sempre perdia a tampa do ralo e precisava improvisar, vocês sabem como.
Mas eu tomei alguns banhos muito confortáveis e relaxei bastante nos fins de tarde, esperando o Miguel chegar do hospital.
Comprei sais de banho, shampu em gotas, espuma de banho...
Preparava o ambiente com aquecimento e luz indireta, colocava o rádio para tocar música clássica e preparava toalhas e cremes e pantufas para depois do banho.
Numa das primeiras vezes que a Renata foi nos visitar, resolvi preparar um banho de imersão para ela, que gostou da novidade e esperou.
Caprichei no carinho, como se fosse um presente. A banheira era custosa de se encher, o fluxo de água era lento e eu precisava agitar as mãos com vigor para fazer espuma e misturar os sais.
Quando estava tudo pronto disse a ela que aproveitasse.
Uns cinco minutos depois ouvi a porta do banheiro se abrir e ela saiu, já enrolada na toalha felpuda e com outra toalha na cabeça.
-" Já???????"
- " Ai, Titinha, eu fiquei pensando, pensando, senti uma angústia e resolvi sair."
Tá certo, a ideia era curtir e não ficar angustiada.
Nós duas, farinha do mesmo sertão, temos formas diferentes de relaxar.
Eu, tomo banhos de imersão em São Paulo e faço caminhadas no calçadão aqui no Rio. Enquanto isso penso, para existir.
Ela toca violão e canta e conversa bastante. Sua terapia é interagir.
Há pouco, contou-me que começou a caminhar e que dependendo da música que está ouvindo, ensaia uns passinhos de dança!
Se queríamos tomar um banho de imersão, íamos para o tanque, que era enorme e a gente se revezava, submergindo por turno, nós e o cachorro.
Em São Paulo, lá pelos 24 anos, tive minha primeira banheira, em um apartamento antigo, mas espaçoso. Ela era de um azul duvidoso, não tinha bem uma torneira, só um cano de onde saía água e eu sempre perdia a tampa do ralo e precisava improvisar, vocês sabem como.
Mas eu tomei alguns banhos muito confortáveis e relaxei bastante nos fins de tarde, esperando o Miguel chegar do hospital.
Comprei sais de banho, shampu em gotas, espuma de banho...
Preparava o ambiente com aquecimento e luz indireta, colocava o rádio para tocar música clássica e preparava toalhas e cremes e pantufas para depois do banho.
Numa das primeiras vezes que a Renata foi nos visitar, resolvi preparar um banho de imersão para ela, que gostou da novidade e esperou.
Caprichei no carinho, como se fosse um presente. A banheira era custosa de se encher, o fluxo de água era lento e eu precisava agitar as mãos com vigor para fazer espuma e misturar os sais.
Quando estava tudo pronto disse a ela que aproveitasse.
Uns cinco minutos depois ouvi a porta do banheiro se abrir e ela saiu, já enrolada na toalha felpuda e com outra toalha na cabeça.
-" Já???????"
- " Ai, Titinha, eu fiquei pensando, pensando, senti uma angústia e resolvi sair."
Tá certo, a ideia era curtir e não ficar angustiada.
Nós duas, farinha do mesmo sertão, temos formas diferentes de relaxar.
Eu, tomo banhos de imersão em São Paulo e faço caminhadas no calçadão aqui no Rio. Enquanto isso penso, para existir.
Ela toca violão e canta e conversa bastante. Sua terapia é interagir.
Há pouco, contou-me que começou a caminhar e que dependendo da música que está ouvindo, ensaia uns passinhos de dança!
Um comentário:
Querida Tita,
Puxa, voce se lembra bem daquele meu banho, nao e? Comecei a te ler hoje e logo na frase em que voce conta da sua banheira de Sao Paulo me lembrei daquele dia... ate hoje ainda sinto a mesma coisa por aqueles banhos.
E meus passinhos de danca estao comecando a ficar mais firmes...
Beijos,
Renata
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